No dia 22/08/2022, fez 9 anos que abri minha primeira clínica. Há 10 anos iniciei minha trajetória na medicina preventiva. É uma data muito especial para mim, relembrar como começamos tão pequenos e como evoluímos me enche de gratidão! Por isso queria compartilhar, por meio desse texto, um pouquinho da minha história e da história da Bevital.
Com apenas 24 anos me formei na faculdade de medicina de Juiz de Fora, eu era muito nova, mas com tanta história para contar e dividir; minha empolgação com esse novo universo quase não cabia em mim. Em contrapartida, como era difícil não ser reconhecida e valorizada nos primeiros plantões, justamente pela minha idade. Era bastante desacreditada quando me apresentava na porta do pronto socorro como a médica responsável. Apesar de acreditar no meu trabalho e saber do meu potencial, o olhar de desconfiança das pessoas me deixava bastante insegura. Não foi um começo fácil… Mas quem disse que seria, né? O aprendizado que tive foi de que se EU não acreditasse em mim, ninguém mais acreditaria. Quando entendi isso, nada era capaz de me parar. Iniciei uma busca insana por conhecimento e entendimento profundo da saúde.
Mas para essa história ser contada da maneira certa, vamos voltar para a parte em que eu tinha acabado de me formar. Logo entrei na residência médica, na Santa Casa do Rio de Janeiro, em ginecologia e obstetrícia. Por lá só fiquei por 6 meses, pois fui chamada pela residência do Hospital Escola de Taubaté. Foi quando minha história nessa cidade começou. E olha, que começo árduo! Durante meu primeiro ano de residência em Taubaté, não teve um dia sequer que não quis desistir de tudo. A hierarquia soberba dentro do hospital, que deveria funcionar como escola, era totalmente desnecessária, uma vez que os alunos estavam ali para aprender. Depois de um ano passando por essa turbulência, entendi como o sistema funcionava. No meu último ano de residência já tinha uma boa noção de como o sistema médico operava, junto com isso veio a certeza de que definitivamente não era o que eu queria seguir.
Com esse pensamento formado, entrei na turma pioneira do Dr. Lair Ribeiro. Meu desejo era entender por que as pessoas adoeciam e por qual razão elas eram controladas por medicação e não de fato tratadas. Em 2013 abri minha primeira salinha, que não tinha nem banheiro (meus pacientes usavam o do prédio). Apesar de pequeno, era extremamente gratificante saber que estava construindo algo novo dentro da medicina. Os pacientes que eu atendia eram aqueles que buscavam saúde: eu ensinava como comer, o que comer, quais exames fazer e como suplementar pensando na prevenção. Essa é a palavra-chave, prevenir. Eu não queria que meus pacientes ficassem doentes, e precisava ensinar isso a eles. Queria cursar uma pós-graduação e me especializar mais, mas como eu não tinha apoio familiar na época, tive que trabalhar MUITO. Vivia de plantão. Apesar de exausta, eu não parava, tinha certeza de que esse era o caminho. Aceitei e agarrei todas as oportunidades que me apareciam, fiz plantões em diversas cidades da região, não tinha vida social. E meus fins de semana eram dedicados à minha pós. Até que fui chamada para gravar meu primeiro programa e falar da minha medicina, nessa primeira entrevista falei sobre os benefícios do limão e sobre os malefícios do suco de laranja. e foi quando pensei: é isso! Esse é o caminho. Conhecimento é algo que não se guarda, se não você o perde.
Em 2015 tive que tomar uma decisão dificílima, mas importante. Larguei a obstetrícia. Precisava parar de operar, para seguir na ginecologia e nutriendocrinologia. E aí comecei mais uma pós, essa foi de ortomolecular (sim, eu fazia duas pós-graduações ao mesmo tempo). Também continuava atendendo na minha salinha, curando pessoas. Foi quando o “boca a boca” começou a funcionar, as pessoas passaram a me conhecer e eu a atender mais pacientes. Também foi quando decidi começar a compartilhar o meu conhecimento por meio das redes sociais, fazendo posts sobre saúde. Inclusive, sabe qual foi meu primeiro post médico? “Os benefícios de comer uma maçã por dia” hahaha. Estava completamente encantada por tudo que estava aprendendo, e não queria parar nunca mais. Um ano depois eu evolui, troquei de sala. Meu consultório estava maior, tinha 3 salas (e tinha banheiro rs). Se iniciava uma nova fase, era eu, uma enfermeira, uma biomédica e uma secretária. Finalizei minha pós, e inaugurei minha primeira sala de soroterapia. Não sei nem explicar o quanto estava realizada e feliz, com uma equipe que acreditava na mesma medicina que eu. A enfermeira dessa primeira formação de equipe está comigo até hoje, anos depois. Todo nosso trabalho e esforço foi ganhando força, foi ganhando voz. Em 2017 fui chamada para o programa Madrugada Vanguarda, para falar sobre medicina preventiva. E não para por aí, minha medicina e a minha forma de exercê-la ganhou proporção, sai nos jornais do Vale, participava de todos os congressos. Fiz palestras sobre intoxicação por metais pesados, falava sobre os malefícios das amálgamas. Palestrei sobre prevenção de câncer de mama em muitas empresas (muitas mesmo). Atendi por 2 anos em São José dos Campos e 1 ano em São Paulo. Nessa época eu levava até a balança para o consultório, me virava para conseguir atender os pacientes da melhor forma.
Mas nada disso me estacionava, sempre quis continuar buscando conhecimento, então entrei para a ABOZ (Sociedade Brasileira de Ozonioterapia). Depois, entrei para uma escola de gastronomia saudável, para entender melhor sobre os alimentos e atender meus pacientes com ainda mais excelência.
Até que, depois de ir de um lugar para o outro tantas vezes, percebi que precisava de uma estrutura, de uma equipe maior, de ser verdadeiramente integrativa. Decidi que queria algo meu, um lugar fixo, que fosse feito do meu jeito, da forma que sempre sonhei. Foi quando arrisquei tudo o que eu tinha guardado durante toda minha carreira até então, sem medo e sem olhar para trás. Investi tudo para construir um templo de CURA e BEM ESTAR. Foram quase 6 meses de obra e o resultado foi uma estrutura LINDA. Saímos de 1 sala sem nem um banheiro para 3 salas e nessa nova estrutura, 14 salas. Comecei sozinha, depois tive uma equipe de 3 mulheres, depois 9 e hoje somos 20. Por isso acredito que, além de todo meu esforço e dedicação, Deus sempre esteve ao meu lado me guiando. E assim foi construído esse lugar, pensado no bem estar, no alívio da dor, no equilíbrio, na cura do paciente: a Clínica Bem Estar e Equilíbrio Vital. No meio disso, as palestras continuavam e novas portas se abriam. Fui presidente da mesa da Longevidade Saudável, sai numa matéria da revista Caras como “a médica que está revolucionando a qualidade de vida no Vale do Paraíba”. É muito mais do que eu poderia imaginar.
Em 2020 nós atualizamos nosso nome, de Bem Estar e Equilíbrio Vital para BEVITAL. É um sonho realizado, talvez muito maior do que um dia sonhei. Sou grata a todos que estão comigo, e confiam no meu trabalho e que assim como eu, valorizam a saúde! São 9 anos de clínica médica e 3 anos de clínica nova 🤍